— NOTÍCIAS

Fábio de Bittencourt é homenageado pelo MAV na Calourada 2020

O MAV celebra a Calourada 2020 com intervenção artística e duas exposições vinculadas à doação de obras de Fábio de Bittencourt ao acervo do Museu



O Museu de Artes Visuais da UNICAMP, MAV Unicamp, está vinculado à Pró Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC) desde o segundo semestre de 2017 e a partir desta vinculação fortalece seus laços com a Comunidade Interna e Externa da Unicamp por meio das Artes Visuais e da Visualidade a partir de exposições, seminários, pesquisas e outros eventos desta área artística fomentados diretamente pela Reitoria da Universidade. Como não possui sua sede própria e definitiva, este jovem museu universitário, nascido oficialmente no ano de 2009, tem trabalhado por meio de parcerias com espaços culturais já consolidados que possam ampliar sua existência e de sua coleção de forma a manter o caráter técnico, profissional e de pesquisa condizente às preocupações e dedicação de um Museu Universitário dedicado à Arte.

Dessa forma tem mantido uma forte atuação de atividades ao ar livre e ou recebidas por demais equipamentos culturais e institutos das áreas de Artes e Humanidades que absorvem tanto quanto reverberam sua presença e vinculação universitária.

Uma das principais atividades realizadas pelo MAV dentro do campus Zeferino Vaz, desde 2018 é sua participação na Calourada promovida pela PRG Unicamp, no início de cada ano letivo. Para este ano de 2020, entre outras ações, estamos promovendo atividades vinculadas a doações recentes ao seu Acervo, como a de Fábio de Bittencourt.

 

Projeto de Atividades Ligadas a Doações Recentes – Fábio De Bittencourt

  • intervenção artística no campus Zeferino Vaz com flâmulas que contemplam imagens de trabalhos artísticos recentemente incorporados ao Acervo do MAV, derivados de alunos de graduação formados pela Universidade e que já dispõem de uma carreira artística consolidada e reconhecida nacionalmente;
  • exposição de pinturas nas galerias do CIS Guanabara contendo parte das peças recebidas em doação;
  • exposição na Estante de Livros e Cadernos de Artista instalada no Departamento de Artes Plásticas do Instituto de Artes da Unicamp.

Os três projetos estão conectados à doação recentemente recebida pelo MAV Unicamp de um conjunto de 13 pinturas em grande formato e cerca de 20 gravuras e desenhos pertencentes à Série de Cachorros elaborados por Fabio de Bittencourt. Falecido no ano passado, precocemente, vítima de um ataque cardíaco, este artista graduado pela Unicamp deixou um legado importante para a produção artística brasileira, tanto quanto expressiva lembrança de alunos que se candidatam às vagas do Curso de Artes Visuais do IA Unicamp, que tem Prova de Habilidades Específicas como uma das suas etapas do Vestibular nacional.

 

Fábio de Bittencourt (São Paulo, São Paulo, 1964; Campinas, SP, 2020)

Performer, desenhista, professor, pintor, gravador e escultor. Conclui licenciatura e bacharelado em artes plásticas pela Unicamp em 1990. Antes de iniciar o curso superior em arte, faz curso de desenho, pintura e teatro, na Biblioteca Viriato Corrêa, de 1972 a 1975, estuda desenho e modelagem, no Museu Lasar Segall, de 1980 a 1982, e desenho com Cássio Michelany (1949) e Inácio Justo, em 1983 e 1984. Em 1986, após se mudar para Campinas, freqüenta o Ateliê de Gravura em Metal do Museu Lasar Segall orientado por Arnaldo Battaglini (1953), seguindo seus estudos acadêmicos na Unicamp em paralelo. Em 1987 realiza a performance Capacíclopes contra a pintura retiniana. Nos anos 90 dedica-se intensamente aos estudos de novos meios nas artes plásticas, participando de cursos de história da arte com Agnaldo Farias (1955), Aracy Amaral (1930) e Tadeu Chiarelli (1956). No mesmo período participa do curso Imagem Eletrônica - Tempo e Espaço em Vídeo, com Kiko Goifman (1968), no MIS/Campinas, do curso sobre instalação com Mary Dritschel (1934), na Unicamp e do projeto Oficinas Interativas com artistas e críticos de arte como Agnaldo Farias (1955), Carlos Fajardo (1941), Iole de Freitas (1945), Nelson Leirner (1934) e Rodrigo Naves (1955). Ainda no anos 90, forma a dupla performática +0-0 com o artista Marco Serra, realizando a performance Ação-Urso, em 1991, e uma intervenção performática na exposição de Arte Erótica no MAC/ Campinas em 1993. Participa como performer no vídeo A hidra de lerna - os doze trabalhos de Hércules, em 1994. Neste ano faz a cenografia para os vídeos Clones, Bárbaros e Replicantes e Toshimi, e produz o vídeo Ditados Populares. Em sua obra, Fabio tem lugar especial para temáticas que cercavam a vida cotidiana urbana, tanto quanto sua mitologia pós-moderna. A elaboração de imagens de cachorros permeia parte da produção do artista em pintura, desenho e gravura contemplando sua atenção especial para animais domésticos ou mesmo selvagens que vivem no espaço urbano das cidades atuais. Além dos cachorros, os morcegos e a própria personagem do Mickey Mouse habitavam constantemente seu imaginário criativo. Desenhista exímio, Fabio também produzia compulsivamente diários e livros de anotações que apresentam a qualidade de seu traço vigoroso e atenção para detalhes de cenas do cotidiano das pessoas, dos bichos, reais ou imaginados por ele.

* Dados extraídos e atualizados a partir da Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais, disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9440/fabio-de-bittencourt)

 

Assim, a proposta do MAV Unicamp para a Calourada 2020, organiza-se em duas frentes, e tem nesta mostra do CIS Guanabara sua atenção voltada para a difusão do Acervo por meio de elementos que envolvem tanto um artista reconhecido no cenário nacional, graduado pela Unicamp nos anos 1990, quanto desmembra-se em ações dentro e fora do campus, durante todo os meses de março e abril.